EXTREMA DERECHA EN BRASIL: APRENDIENDO Y DESAPRENDIENDO DESDE LA IZQUIERDA
El triunfo en las elecciones presidenciales de Brasil de Jair Bolsonaro tiene muy importantes efectos en toda América Latina y plantea enormes desafíos políticos. Expresa no solo otro caso donde un gobierno progresista debe dejar el gobierno, sino también la llegada al poder de actores ultra conservadores o de la extrema derecha.
Estas implicancias exigen un análisis de los efectos de este giro político extremo, y en especial las izquierdas latinoamericanas están conminadas a aprender de lo que allí sucedió. Sea aquellos grupos que todavía gobiernan en algunos países, sea las izquierdas o progresismos que están en la oposición en otros. Todos ellos enfrentan el desafío de no repetir las contradicciones observadas en Brasil, y en otros países vecinos. Esto también es indispensable para los movimientos ciudadanos que siguen lidiando con estrategias como las extractivistas, ya que un estilo político como el propuesto por Bolsonaro solo augura una acentuación de la violencia.
Teniendo presente ese objetivo, conjuntamente con Alberto Acosta (Ecuador), trabajamos a lo largo de varios meses en una serie de artículo analizando algunos aspectos de esa problemática. Distintos textos se publicaron en diferentes países.
Como resultado final, les comparto el documento extenso que resume todas las ideas manejadas en ese ejercicio. Son reflexiones, ideas en marcha, no definitivas, pero esperando alentar una reconstrucción de las izquierdas, ir más allá del pesimismo o inmovilismo, y apostar a una renovación comprometida con la justicia social y ecológica.
Descargar el documento aquí…
Algunas de las versiones iniciales de estas ideas se pueden leer en:
Castellano: Voces (Uruguay) leer… ; Plan V (Ecuador) leer… ; Wayka (Perú) leer… ; Página Siete (Bolivia) leer… ; Desde Abajo (Colombia) leer…
English: The extreme right in Brazil and lessons for renewing the left in Latin America: aquí…
Portugués: A extrema-direita no poder no Brasil. E agora?A extrema-direita no poder no Brasil. E agora? Correio Ciudadana leer… ; Projetando o futuro: ensinamentos do triunfo de Bolsonaro para as esquerdas latino-americanas, IHU Unisinos aqui…
Estimado Eduardo,
li com atenção este seu artigo, como sempre tocando em questões relevantes, fundamentais. Um problema que enfrentamos aqui, talvez maior que uma reorganização e reagrupamento da esquerda, é como fazer frente à direita neopentecostal com seu ideário moral retrógrado que cada vez amplia mais sua presença no Poder Legislativo, em especial. Além disso, lembro que os movimentos socioambientais não conseguiram força suficiente para se opor à conciliação do PT desde os primeiros meses do governo inicial de Lula, quando ele legalizou o contrabando de sementes trangênicas de soja e abriu o mercado brasileiro ao domínio da Monsanto (nessa ocasião eu passei a fazer oposição ao governo, pela esquerda, claro, e assim permaneci por todo período em que o PT esteve no poder). Além desse episódio «fundador» da conciliação do PT com a centro-direita, lembro também da oposição desses movimentos à construção de Belo Monte, mas que também foi ignorada e «tratorada» pelo governo «progressista». Como você bem assinala, a escolha por acesso ao mercado, transformando os pobres em «consumidores», ao invés de priiorizar, por exemplo, uma educação de qualidade, que transformaria os pobres em cidadãos, mostrou-se nefasta e tendende a incentivar o individualismo. Deu no que deu.
Enquanto a esquerda não priorizar e concentrar seus esforços em obter maior presença – e chegar à maioria, um dia – no Poder Legislativo (assim como é ambição e prática dos neopentecostais), seu acesso aos cargos máximos do Poder Executivo ficará capenga, dependente de conciliações impraticáveis e inadequadas como a que aqui ocorreu.
Forte e saudoso abraço,
do amigo Maurício Galinkin